Técnicas de captação de espermatozoide

Neste artigo que publicamos em Junho de 2019, explicamos os 5 tipos de cirurgia para capturar espermatozoides de homens inférteis com azoospermia (quando não há espermatozoides na ejaculação). Avaliamos as indicações de cada técnica cirúrgica, seus sucessos em encontrar espermatozoides no testículo ou epidídimo, além dos resultados em gerar filhos.

ENTENDENDO CADA CASO

Homens com azoospermia podem sim ser pais! Mas é preciso primeiro entender qual o tipo (obstrutivo ou não obstrutivo) e avaliar a melhor forma de conseguir encontrar os espermatozoides para gerar o tão sonhado filho.

POR QUE USAR O MICROSCÓPIO PARA CAPTURAR ESPERMATOZOIDES?

Aproximadamente 1% dos homens não tem nenhum espermatozoide na ejaculação. Isso corresponde de 10 a 20 % dentre todos os homens que procuram ajuda médica por quadro de infertilidade. O termo técnico para esse cenário se chama azoospermia (ausência de espermatozoides na ejaculação).
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Existem 2 tipos de azoospermia:
obstrutiva e não-obstrutiva. A azoospermia não-obstrutiva corresponde a 60% dos casos
e se deve a falência dos testículos. Este é o diagnóstico mais dramático na fertilidade masculina.
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Mesmo os testículos estando muito comprometidos, ainda assim é possível capturarmos espermatozoides por meio de procedimentos cirúrgicos e realizar a fertilização em laboratório. Existem várias técnicas cirúrgicas para capturar os espermatozoides diretamente dos testículos ou do epidídimo. Mas no caso da azoospermia não-obstrutiva, 3 técnicas são mais realizadas:
?TESA (a famosa punção dos testículos com agulha grossa)
?TESE (retirada de fragmento do testículo aleatório)
?microTESE (uso de microscópio para capturar espermatozoides dos testículos)
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Dentre essas técnicas, estudos já demonstraram que as chances de capturar espermatozoides com a técnica de TESA são 2️⃣vezes menor que a TESE e este por sua vez é de 1,5 vez menor que a microTESE. Além disso, a microTESE é a técnica que menos compromete a saúde dos testículos, com menor lesão vascular, menor comprometimento na produção de testosterona, menores taxas de complicações pós cirúrgicas.
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O uso do microscópio permite uma ampliação da visão do campo cirúrgico, facilitando explorar ao máximo o testículo superficial e profundo, de cima a baixo todas as áreas que produzem espermatozoides (túbulos seminíferos) e preservando as demais áreas do testículo que produzem testosterona. Dessa forma, a microcirurgia para captação de espermatozoides testiculares (microTESE) é mais eficaz e considerada a cirurgia padrão
para os casos mais graves de infertilidade masculina (azoospermia não-obstrutiva).

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